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Abordagens Renovadas do Processo de Ensino e de Aprendizagem

  • Foto do escritor: Teca Mendonça
    Teca Mendonça
  • 31 de jan. de 2020
  • 3 min de leitura

Minhas inquietações 


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Eu como educador diante dos desafios das abordagens renovadas. Diante de mim surge uma espécie de tabuleiro mental onde no lugar de peças é como se existissem pequenos manuais, todos de uma mesma cor, como se viessem de uma mesma fonte.

Abro o primeiro e percebo que fala da Educação Tradicional - imagens conhecidas da clássica sala de aula, com os alunos alinhados em fileiras, muitos nem um pouco interessados no que a professora à frente tenta comunicar em aulas expositivas com conteúdo pronto e limitado. Aqui o que importa é a aquisição do conhecimento e o sujeito é apenas um reprodutor. As ações de ensino estão centradas na exposição dos conhecimentos pelo professor, pois ao aluno cabe apenas "receber toda a bagagem". É uma relação vertical, pautada no poder e as estratégias fazem parte de uma escolha político.

Pego o segundo manual e leio seu título "abordagem comportamentalista", pautado na percepção do Condicionamento do comportamento. O ensino compreende condições que conduzam o educando a aprender. Os recursos utilizados tentam trazer um reforço positivo que visa o reconhecimento e a certificação. Tudo ainda dentro de um propósito conteudista, mas que pode ser eficiente em alguns casos. Mantém-se o uso de mecanismos externos para controlar comportamento. O homem é mantido como Sujeito passivo-respondente aos estímulos do meio. A relação professor-aluno mantém-se vertical, com o professor no papel de planejador e reforçador do comportamento esperado. A avaliação consiste na constatação dos comportamentos desejáveis.

O terceiro livreto vem com o título "Abordagem Humanista" e inspira-se na obra de Rogers e Neal, onde a ação sai do âmbito externo para o interno. Nele o ser humano fica no centro das atenções, pois valoriza a experiência pessoal e visa estimular a autonomia da vida social. A relação entre professor e aluno permite a , que levam a uma aprendizagem significativa e transformadora. Existe uma avaliação progressiva, que é renovada, mas dentro de um sistema que mantém a abordagem controle. Quando abro "Abordagem Cognitivista" percebo que favorece o processamento das informações e a tomada de decisões ao lidar com situações sociais, levando o aluno a resolver problemas reais e significativos de forma prática e objetiva, ativando o cérebro em busca de solução. O desenvolvimento intelectual assume um papel importante no processo. O aluno deve ser capaz de conservar um modelo de experiência decorrente da estimulação do meio. A proposta é de um curriculum em espiral, mas é difícil de trabalhar com ele. Uma estudiosa que se aproximou deste modelo foi Maria Montessori. Outro teórico que pode ser citado é Robert Gagné que defende que a aprendizagem se caracteriza por uma mudança de estado interior que se manifesta por meio do comportamento e na continuidade dessa mudança dentro de um processo de maturação. Aprendizagem ocorre quando o indivíduo recebe e responde a estimulação de seu ambiente externo. A proposta é de uma avaliação continuada.

Por fim, no encarte "Abordagem Sociocultural" percebo a consciência crítica estimulada em uma parceria Professor-aluno pautada na igualdade e na troca de experiências, gerando um processo de mutualidade onde "os homens se educam entre si". Isto permite que todos se sintam como sujeitos atuantes no mundo, em um papel transformador. Piaget serve como um dos principais teóricos desta linha e considera que o homem não é social da mesma forma ao longo de sua vida e a socialização da inteligência só começa a partir da aquisição da linguagem. O professor olha o aluno tentando analisar o seu contexto e fazer escolhas do caminho a adotar. O conhecimento é produzido por meio da experiência pessoal da vida subjetiva de cada um. Destaca-se por considerar a educação do ser humano, do homem e da mulher e não apenas da pessoa em situação escolar. É uma Educação democrática: a responsabilidade da educação é fundamentalmente do próprio estudante. O conhecimento que ele tem da vida vai servir de base para novos conhecimentos e estimular a autonomia. É aprender a aprender. Nesta abordagem renovada existe um pacto pedagógico. São muitos os caminhos e estratégias presentes no tabuleiro da Educação e o desafio mantém-se atual para todos aqueles que se envolvem no processo.

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